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É um desafio fazer uma imagem diferente do momento em que o bebê é mostrado à mãe, na mesa de cirurgia. O que faz esta foto destacar, para mim, é a sensação de movimento, de energia, pelo enquadramento do recém nascido na linha diagonal principal, além do pezinho, exageradamente contorcido. Consigo sentir a emoção dessa mãe! A luz e a edição realçam os pontos focais, eliminando a interferência do fundo.
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Os desenhos no vidro do carro,as garrafas de água sobre o teto e o número de cadeiras de praia montadas são pistas que nos induzem a concluir se tratar de uma família com 4 integrantes. No entanto, o garotinho está sozinho e sua postura corporal sugere introspecção. Cadê o restante da família? Por que ele está sozinho neste lugar? O que ele está pensando? E essa ave, sozinha, passando por ele, “caminhando”? Esse suspense, o mistério, aguçam a curiosidade, tornando a imagem visualmente muito interessante. A ideia de solitude é alcançada pelo distanciamento do fotógrafo, que permite incluir elementos que reforçam essa ideia, ao mesmo tempo em que passa sensação de isolamento. A inclusão do pássaro, no primeiro plano, prende nossos olhos, impedindo que eles saiam da foto, e fortalece a comunicação da ideia do fotógrafo.
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Essa troca de olhar entre pai e filho passa uma conexão impressionante.O recém nascido não está chorando e parece hipnotizado pelo olhar do pai!
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O enquadramento faz com que os olhos entrem na foto pela curva da janela, no canto superior esquerdo, passeando pela moldura, também curva, depois descendo para o garoto da esquerda, seguindo seu gesto com o dedo - que cria uma linha implícita - pulando para o garoto da direita e, finalmente, deixando a imagem pela curva da janela no canto superior direito. O momento idílico, bucólico, entre esses dois meninos, que eu acredito seja a intenção da imagem retratar, é fortalecido pelo uso das linhas curvas, mais delicadas e que levam à exploração do que está ao longo delas. Pelo cenário, com a janela colonial, a cama clássica, a colcha artesanal. O distanciamento do fotógrafo contribui para a sensação de intimidade entre eles. A luz e a escolha do desfoque do fundo, realçando os pontos importantes da história. O perfil do garoto à esquerda, a boca entreaberta e o gesto do dedo trazem a sensação de encantamento. Enfim, uma imagem nostálgica, que parece saída de um filme de fábula.
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O que faz esta foto é a inclusão do cachorro e sua personificação, ao dar a impressão de que também está lendo! Sem ele, a foto seria comum e passaria batido.
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Não é fácil fazer uma foto visualmente interessante de um momento óbvio bastante fotografado. Quando se fala em trabalho de parto, uma das imagens que nos vêm à mente é a da mulher sentindo muita dor. Espera-se dor. Fotos que focam nesta expressão não trazem informação nova e, portanto, dificilmente irão prender a atenção do espectador. Se o fotógrafo, entretanto, conseguir registrar emoções inesperadas - como a descontração nesta foto - e momentos inusitados - a inclusão deste gato preto - durante o trabalho de parto, suas fotos serão visualmente interessantes e farão o espectador parar para apreciá-las.
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Para que um momento de leitura renda uma foto visualmente atraente, é fundamental que se tenha uma expressão forte ou uma conexão bastante interessante entre as pessoas envolvidas. Nesta foto, a cativante expressão facial da garotinha e o sorriso largo da mãe, que parece encantada pela reação da filha, nos puxam para dentro da imagem.
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Se no lugar deste cachorro, fosse uma pessoa, a foto seria super comum. Mas é o enquadramento do rosto do cachorro, sua personificação, este olhar de vigília, a sensação que passa de estar sentindo e pensando alguma coisa, que eleva esta foto e a a torna irresistível!
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Se esta foto tivesse sido tirada de fora do brinquedo, o resultado seria uma imagem descritiva de como ele é, visto por qualquer pessoa do lado de fora. Ao entrar no brinquedo, o fotógrafo tem a chance de nos fazer sentir como é a experiência de estar nele, combinando técnicas que capturam e refletem movimento e incluindo expressões exageradas do sujeito. Se o movimento tivesse sido congelado, a foto não teria a mesma energia e dinamicidade, mesmo com a intensa expressão das meninas. O movimento capturado em outro momento, sem essas expressões intensas, falharia em traduzir as sensações da experiência e seria apenas uma foto descrevendo um objeto em movimento. Em resumo, o fotógrafo foi bem sucedido em sua intenção de fazer uma imagem com bastante energia, que expressasse a intensidade de alegria que as meninas estavam sentindo.