A dinâmica deste concurso (história e significado/fotografia e texto) é totalmente diferente dos demais, é como julgar uma dança. As palavras precisam dançar muito bem com a imagem. As vezes a fotografia possui um enorme potencial mas o texto não casou bem, as vezes o texto é sensacional mas a imagem não está a sua altura. Os dois elementos precisam dançar com maestria juntos. Deixo aqui meus parabéns aos ganhadores que tocaram meu coração e fizeram transbordar em mim diversos sentimentos diferentes. Recebemos um total de 352 imagens e fechamos em 30 imagens premiadas.
Agradeço de coração a todos os participantes. O membro que desejar poderá solicitar o relatório de votos pelo email fineartassociation@gmail.com
Grande abraço a todos!
Wellington Fugisse
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Quando comecei a registrar famílias decidi fotografar os meus pais, mais precisamente o amor entre eles, que só aumentou em seus 55 anos de convivência. Vê-los nesta idade cheios de cumplicidade, carinho e felicidade por estarem juntos só aumentam o valor que dou a família.
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Quantos sorrisos cabem dentro de um abraço?
Quanto carinho, quanta alegria, quanto amor!
Dos abraços que lembrarei,
Sorrisos sempre presentes.
Da alegria que sentirei
Por ser fruto de um amor.
E no final do dia sempre retornarei
Para os braços daqueles que são parte do que sou,
Do que fui e para onde vou.
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Seu Branco ao fundo. Esse casal viajou mais de 1400km para casarem, e essa foi uma visita rápida ao avô querido que não ia no casamento, pois ele não sai de casa desde que a esposa faleceu, mas ele significa muito para a noiva a presença dele nas imagens, ele sentadinho na cadeira que passa o dia, para ela o representante mais antigo da família é muito importante.
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Um auto-retrato da minha família. Sei que não é uma foto espontânea como se busca para concursos, mas ela significa muito para nós. Em quinze anos todos os membros da geração abaixo a da minha mãe estão na mesa, foi a primeira vez que conseguimos juntar todos para um retrato. Apesar das desavenças que existem em toda família estão todos aí, as pessoas que minha mãe amou, filhos noras, netos, bisneto, e até nossos cães. Este retrato representa a possibilidade de reviver tantos momentos, de relembrar que a única pessoa que não está mais entre nós é nossa matriarca, mas na certeza de que ela viveu dias muito felizes com todos nós.
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Minha avó Tereza completará 93 anos de vida no dia 10 de maio de 2017 (dia da mulher).
Desde que me conheço por gente ela sempre foi uma pessoa apegada a sua religião, todos os dias que ela acorda a primeira coisa que faz é rezar o terço pelos seus 8 filhos, netos, bisnetos, tataranetos, irmãos, primos, enfim, por sua família. Todo santo dia ela reza o terço pedindo a benção dos céus para cada parente que tem.
Um dia eu estava treinando fotografia despretensiosamente e passei na casa da minha avó, quando cheguei no quarto dela e à vi rezando pude fazer esse registro que representa muito a essência de quem ela é.
Na hora eu gostei muito do clique que fiz, do momento que eternizei, mas deixei passar em branco a cereja do bolo que me impressionaria ainda mais. Quando fui editar a foto notei que no quadro menor está escrito assim:
"Vi minha mãe rezando aos pés da Virgem Maria, era uma Santa ouvindo o que a Outra dizia".
CARAMBA!!! Nesta hora o universo parou, eu fiquei arrepiado ao ver o quadro com sua descrição casando perfeitamente no contexto da foto. Minha avó rezando aos pés da virgem maria, uma santa ouvindo o que a outra dizia. Pra mim isso foi muito massa e percebi ali um pouco do que é a verdadeira missão de um fotógrafo aqui nesta terra. E foi assim que fiz esse lindo retrato da minha avó que eu tanto amo.
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Um oceano de cumplicidade e emoção.
Pai e filho, amor simples, sincero, verdadeiro, ingênuo.
Felicidade estampada na cara e no coração.
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Nessa fotografia, facilmente alguns deixariam a câmera abaixada, aguardando o momento do parto em si. Eu vejo diferente: a doação que os pais fazem para que tudo saia da melhor forma possível é uma das mais puras demonstrações de amor e doação. Afinal, já amam - na prática diária - alguém que ainda não podem "tocar" ou olhar nos olhos. Aguardar esse momento é um prêmio e um privilégio da família. Um bebê é um presente divino e esses pequenos momentos são memórias que mostram uma busca por conexão e benção de algo maior que, certamente, não poderiam ser esquecidos.
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A Evelen me pediu uma foto da caminha da cadelinha Nina, que faz tanta falta para eles e deixou tanta saudade. Eu não queria apenas uma foto da caminha, portanto esperei o momento certo para que essa foto tivesse este contexto: eles vão estar juntos para sempre. Segue o texto dela abaixo.
"Ainda não falei sobre a Nina, nossa cachorrinha que se foi há pouco tempo e deixou ensinamentos de um amor puro e incondicional. Depois de sua partida, mantemos o seu cantinho do jeito que sempre arrumávamos para ela: em cima da colcha da cama, o travesseiro, as bolinhas, ao lado da nossa cama. Tudo do jeito que ela gostava. Pedi ao Dani que retratasse este lugar. Não importava em que momento do dia, mas era fundamental para nós ter algum registro de que ela faz parte da nossa família, do nosso pacto. Já vi esta foto e chorei por algum tempo. Posso dizer que esta foto é o meu tesouro precioso."
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Esse retrato de família foi algo que sonhei em fazer quando conheci essa história. Um retrato de pessoas que me ensinaram o que é amor verdadeiro.
Bruno o primeiro filho da esquerda para direita, chegou em uma gestação extremamente complicada. Após seu nascimento o médico disse aos pais a triste notícia: eles não poderiam mais ter filhos. Como eles sempre quiseram ter uma família grande, viram na Adoção a chance de realizar seus sonhos e fazer o bem. Daí veio o Rodrigo adotado aos 13 anos, André adotado aos 15 anos, e o Francisco adotado aos 8 anos. Quando recebi o contato da Debora e quis saber um pouco mais da família ela me apresentou um video que me fez chorar muito, estive com eles de corpo e alma e guardo esse retrato com muito carinho.
Link do video que fui apresentado: https://www.youtube.com/watch?v=gN8yMEFsbzg
Comentários do Jurado: ASSISTAM O VÍDEO!
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Nesse tipo de trabalho documental, geralmente não existe interferência, porém, existem situações onde o coração fala mais alto: quando comecei a conversar com a Thamyres sobre as 24 horas que eu passaria registrando sua família, vi um vídeo que ela tinha postado no facebook onde a bisavó era ajudada no andador por um dos bisnetos. Vi e revi o video várias vezes... Quando perguntei a ela se ela ia na bisavó com frequência, ela me explicou que tinha crescido naquele quintal - avó, mãe, tios, todos moravam alí - perguntei se poderíamos dar uma passada lá e ela afirmou de qualquer forma. Não queria algo combinado, fiquei esperando o momento entre bisneto e bisavó acontecer. Quando estávamos quase indo embora ganhei este presente, sei que essa foto terá um valor cada vez maior conforme o pequeno Levy for crescendo.
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A Alessandra quando jovem tinha o sonho de casar e ser mãe, mas há 17 anos atrás sofreu um acidente de carro e foi diagnosticada como “tetraplégica”. Após meses de seções de fisioterapia, ainda conseguiu recuperar parte do movimento dos braços. Nos contou que na UTI chorava desesperada com muita dor, e dizia que o sonho de ser mãe e casar tinha acabado. Com o passar do tempo a dor se transformou em esperança e do medo de enfrentar a nova condição de vida brotou a força e a fé. Também teve um mioma, mas mesmo com a recomendação médica de que fosse retirado o útero, dentro dela era tão certo que encontraria uma pessoa que valesse a pena formar uma família, que resolveu levar esse sonho adiante e correr os riscos.
11 anos após o acidente, conheceu essa pessoa (Diones) e nunca deixaram de falar sobre as dificuldades e os desafios que enfrentariam com um filho. Após 3 anos de muita persistência e fé conseguiram engravidar.
“Sempre fui consciente que a minha gravidez é de risco, mas todos os medos e riscos se tornam pequenos diante do amor que cresce dentro de mim. Não há palavras para descrever o que sinto. É uma emoção imensa sempre que sinto os movimentos do meu filho. Na certeza de que ser mãe não é uma condição física eu não me deixarei me abater por não conseguir dar banho e trocar o meu bebê. A minha deficiência não irá interferir no meu papel de mãe!”
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Conhecemos essa família linda desde a primeira gestação, quando o "Pepê" (irmão mais velho) ainda estava na barriga da mamãe Gilmara. À partir daí sempre registramos várias fases da vida deles, inclusive a segunda gestação, do Luquinhas... Nossos clientes acabaram virando também amigos próximos, mas recentemente se mudaram para o Chile. Mesmo com a distância, o laço afetivo criado não foi desfeito e fomos convidados para registrar um dia na vida deles por lá em um ensaio de 24h para captar a mais pura realidade e essência de um dia comum. O acordar, a hora do banho, a bagunça no jardim, as brincadeiras... tudo foi registrado com muito carinho para que eles possam futuramente reviver estes momentos.
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O Wallace é um papai faixa preta em karatê. Desde que a Lara estava na barriga da mamãe eles nos contaram da vontade de registrar a essência desta família, o estilo de vida deles, para que os filhos possam lembrar disso no futuro. Quando chegou o dia do ensaio da família, registramos todas as rotinas de casa e o terraço onde o papai tem um tatame com aparelhos de treino. O quimono de Lara foi feito sob medida e as coisas aconteceram de forma mágica. Lara participou alegremente do ensaio e contribuiu pra essa foto linda e cheia de significados.
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A mamãe da Eva é brasileira mas mora em Londres e vem de tempos em tempos junto com a irmã e a filha visitar a família no Brasil. Quando eles se encontram é sempre uma explosão de sentimentos. Esses momentos da família reunida não poderiam passar em branco, então eles decidiram registrá-los. A Eva é um doce de criança, é profundamente amada e muito cuidado e carinho a rodeia. A mamãe que ainda amamenta a pequena quis ter uma recordação especial desse gesto tão sublime de doação de amor e registramos o ato numa tarde linda, especial, cheia de luz, de emoção, de carinho e sorrisos.
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Os pais do Murilo e da Lara se conheceram em uma instituição aqui da minha cidade, chamada "Vitória Down". A mãe da Laura queria fazer uma registro que representasse essa nova amizade, mostrar a beleza e pureza dessas crianças, além de poder quebrar alguns paradigmas sobre a síndrome de Down. O Murilo tinha 9 meses e a Lara 1 ano e 3 meses quando a foto foi feita.
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Companheirismo. Essa é a palavra-chave! Onde um está, lá está o outro também e eu não me refiro à presença física: me refiro ao coração, que foi capaz de se manter comprometido após sessenta anos de convivência. Dois dos olhares mais brilhantes que já vi até agora em minha vida.
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Meu primeiro parto! Posso afirmar que esse foi o momento mais especial e desafiador da minha carreira por dois motivos principais: O primeiro motivo, obviamente, é por se tratar da missão de fotografar um parto, uma tremenda novidade para mim! Até então eu nunca havia participado de algo tão incrível, emocionante e maravilhoso como este acontecimento, e ainda mais com a responsabilidade de fotografar tudo! Já o segundo motivo, é que se se tratou do parto do filho do meu melhor amigo e braço direito da minha empresa, o que me conectava ainda mais a tudo aquilo. Para aumentar ainda mais a emoção e grandeza daquele acontecimento, tudo se passou dentro da casa do casal em um Parto Humanizado que durou mais de dezoito horas! Participar daquele momento junto com eles foi um enorme presente e aprendizado. Após esse dia eu pude dar muito mais valor a vida e entender melhor o verdadeiro significado da palavra Família.
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A retratação da inocência e capacidade das crianças de se divertir com pequenas coisas. É triste que em algum momento deixamos de ser crianças e de enxergar a vida deste modo.
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Família é como poesia,
Tem que ter inspiração
Família é como uma canção
Em que todos dão a mão e aprendem a recomeçar
Família é uma maravilha
Quando se acorda com harmonia
E se ama com o coração
Família é tudo de bom
E aí vou incluindo, palavras vão surgindo
Sem explicação, e no meio da história
Guardo em minha memória
Minha família de sangue e a de união
Eu não importo não
Porque família é família
De laços ou adoção
Mas o que importa é o coração
Na minha história eu escolho
Minha família que convivo
Dia-a-dia sem preconceito
E aqui termino com um conceito
Que independe do sujeito
Amo de coração
Jennifer de Lima Resende
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O sonho de todo filho não é perceber o amor pelo qual os pais O AMAM, mas sim o amor que os pais SE AMAM!
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É como abraçar a si mesma, ou seu próprio passado, não para despedir-se dele, mas para assumir que suas vivências geraram frutos de aprendizado e experiências que a trouxeram até aqui!
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Que esse tempo
me sirva
me acolha
me guarde
me tenha
me ame.
Que esse tempo
não espere
não pause
não ande
tão lentamente.
Que o tempo
me faça enxergar
que o bonito da vida
é bem mais
que esperar
é plantar
para colher
semear
para viver.
Que esse tempo
ensine
busque
conheça
me tome
por inteira
até não restar mais nada
do meu antigo ser.
Que o tempo
me ame
como ninguém
me amou,
que me guarde
como ninguém me guardou.
Que esse tempo
não se torne
escravo
do próprio tempo,
tornando-se assim
um ciclo sem fim.
Robertta Barreto
Comentário do Jurado:
A grande viagem desta imagem é o reflexo da garotinha. Parece um diálogo da alma da noiva, olhando para a sua criança interior. Foi uma grande sacada do fotógrafo capturar o reflexo da criança deste modo.
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O mundo esta aí
prontinho para colorir
Podemos pintar da maneira que for
Pode ser que não fique como esperado
Mas vai ser melhor que o esperado
Sendo sincero e verdadeiro
já basta
Se pararmos para perceber
Tudo aquilo que pintamos de bom em nossas vidas
Sai de dentro da gente
O resto é rascunho para ser eternamente melhorado
Comentários :
No dia 28 de outubro de 2016, nasceu meu menino Luz, meu Zyah, num lindo parto natural domiciliar.
Zyah, hoje com cinco meses, é o dono de um cefalohemato calcificado, bem como é dono de um sorriso fácil e de uma gargalhada deliciosa. Ele é dono das minhas olheiras, das minhas noites mal dormidas, não somente pelos cuidados de sua demanda, mas por me fazer passar horas e horas admirando esse pequeno ser tão calmo, tão sereno e tão especial.
Zyah me mostrou que não importa se você nasceu careca ou cabeludo, se você nasceu com cinco ou seis dedos numa mão, se você nasceu com as perninhas tortas ou não, se nasceu gordinho ou magrinho, se nasceu ativo ou apagadinho. O que importa é que somos indivíduos e que o respeito e o amor sempre devem prevalecer.
Zyah tem me ensinado a enxergar o lado positivo de cado coisa, mesmo em pleno caos; tem me ensinado o que é o controle emocional e o que é não ter nenhum controle sobre o controle emocional.
A maternidade nos faz mais loucos mas juntos, de mãos dadas, nós faz melhores.
Ludy Siqueira - Mãe do Zyah
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Estava em cima da hora para encontrar uma gestante para uma reunião. Quando estava no banho, eis que surge minha filha toda rabiscada de canetinha!
No susto perguntei brava:
- Meu amor, por que você fez isto? Você está maluca?!
- Desculpa mamãe! Queria ser colorida e linda como você!
Alguns dias atrás havia levado a minha pequena para uma sessão de tatuagem, havia escolhido um desenho que representasse a maternidade e ela ficou observando apaixonada a pele tomando cor.
Não me contive, atrasei a reunião em quase uma hora e morri de amor!
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"Após mais de 30 horas de um intenso trabalho de parto, veio ao mundo nosso amado Bento.
Com ele, nascem uma mãe e um pai que juntos assumem o desafio de formar um ser humano íntegro, educado, sensível e forte.
Mais do que resultado de um ato de amor "unilateral", Bento é encarado como um ato de amor nosso com o mundo. E assim ele será educado, respeitando o universo e suas pessoas. "
Marcelo Gentil, pai do Bento, cortando o cordão umbilical, dando inicio a missão de Bento.
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Tive a oportunidade de conhecer Liege no seu ensaio gestante. Desde o primeiro momento, criei uma admiração enorme por aquela mulher forte, determinada e linda, com sua fabulosa barriga de uma gravidez gemelar. Foi um nascimento inesquecível e agora o papai Marcelo tem três mulheres para amar. Sempre me perguntei como era amar dois filhos, nessas horas a gente entende que o amor não se divide, simplesmente se multiplica.
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"Nos braços de quem amamos confiamos nas asas que não temos e voamos feito pássaros." - Teo Neto
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Aquela hora de acordar e fazer bagunça na cama do pai e da mãe! Tem coisa melhor que curtir a "preguiça" deste momento? A filha mais nova, a Catarina, pediu para que todos juntassem as mãos.
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Nós tínhamos muito medo do primeiro contato do nosso cão Doguinho com meu bebê Benjamin, nós o criamos dentro de casa como um filho. Essa foto foi tirada quando meu filho completou um mês e a sincronicidade do olhar dos dois é fantástica.