Este é sem dúvida meu concurso favorito. É delicioso ler as histórias, ser tocado por elas.
Este é um concurso onde os números dos relatórios não dizem muita coisa. Seria preciso ler cada palavra junto comigo, para que vocês entendessem as notas e as escolhas.
Vejo esse concurso como uma oportunidade dos fotógrafos desenvolverem melhor uma outra forma de arte: a escrita. É possível, tal como na fotografia, tocar, emocionar, guardar momentos, contar histórias, através do texto. Juntar a fotografia e a escrita é uma combinação poderosa.
Recebemos uma média de 180 imagens, dentre estas, apenas 18 imagens foram premiadas. Parabéns a todos os ganhadores! Vocês foram capazes de tocar o nosso coração com esta dança entre texto + fotografia.
Agradeço de coração a todos os participantes. O membro que desejar poderá solicitar o relatório de votos pelo email fineartassociation@gmail.com.
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Um Cacique usando máscara de proteção contra Covid é o reflexo de uma sociedade doente. Eu jamais imaginei fazer uma foto assim. Indio, a expressão da liberdade, o ser humano mais próximo da natureza original que existe, aprisionado atrás de uma máscara. Tão habituados à vida em comunidade, à repartir tudo que têm de forma igualitária, e agora tendo que praticar a individualidade, se distanciar dos seus companheiros. Indio mascarado é uma pandemia social.
Viajei até a Amazônia com a missão de registrar o impacto do Coronavírus em comunidades indigenas e ribeirinhas. Isso foi o que encontrei.
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Com o coração exposto e a pele rachada, o grito que não se ouve é o grito de uma cultura doente onde mulheres são tratadas como uma posse, onde ainda é possível matar e alegar "legítima defesa da honra".
O Brasil é o quinto no ranking por mortes violentas de mulheres no mundo, o feminicídio.
O Brasil lidera o ranking mundial de assassinatos de transexuais.
Eu sou homem, branco, hétero. O que eu tenho com isso? Segundo das estatísticas, eu sou o agressor. Precisamos tratar essa cultura masculina que agride, que mata, que está acondicionada em comportamentos tóxicos, ensinados de geração em geração. O primeiro passo é ver e enxergar! Para promover a igualdade, o homem precisa refletir sobre seu modo de agir consigo, com o outro e com a sociedade.
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Cada animal tem uma energia e um poder. A corajosa Zebra nos convida a enxergar as coisas por outro ângulo. Muitas vezes, é tentador nos apegarmos a um determinado sistema de crenças e desconsiderarmos outras verdades, outras possibilidades. É quando o buscador se enclausura dentro de si mesmo, dentro das suas preferências, e desconsidera a infinitude de possibilidades que poderiam ser integradas no seu quebra-cabeças. Esse Espírito Animal simboliza o diferente, o inusitado, a abertura para tudo aquilo que poderia ser visto como exótico. A Zebra nos ensina a acolher e a expressar as diferenças, a explorar os territórios estranhos aos nossos velhos padrões de normalidade. Existe uma Zebra escondida em toda mulher!
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Círio Pascal
“Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” — João 8:12.
Que hoje possamos ser luz para alguém nesse mundo de tanta escuridão e incertezas, para que essa chama de esperança jamais se apague.
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Em todo parto me pego pensando quais sentimentos o pai experimenta neste momento. Pois, ao mesmo tempo em que ele tem que ter a racionalidade de entender que as dores do parto são normais, ele vê ali a pessoa que ama tendo contrações e reações de dor que ele talvez nunca tenha presenciado, enquanto a única coisa que pode fazer é observar, dar apoio e amor.
O Rafa passou esse carrossel de emoções, foi um super companheiro para a Beta, ele foi a fortaleza dela durante toda a longa noite em trabalho de parto. Pela manhã fomos para o hospital quando o trabalho de parto já estava mais evoluído. Mas no momento do nascimento da Bia ele foi surpreendido com mais uma emoção muito forte, o medo… A obstetra relatou que a pequena Bia precisava nascer nas próximas contrações para não correr nenhum risco, após essa notícia os poucos minutos que se passaram foram intensos para ele, pois tudo que ele queria era sua filha bem, mas ele ainda precisava ser a fortaleza para a Beta e passar para ela tranquilidade no olhar.
A Bia nasceu logo em seguida, foi para os braços da mãe e logo todos os sentimentos foram tomados pela admiração dessa nova vida que chegou!
O Rafa ainda estava atordoado com tudo que havia experimentado, e neste momento da foto após ouvir do pediatra que estava tudo bem com a Bia, ele se aliviou e agradeceu pela vida dela!
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Em pleno domingão, pós almoço, barriga cheia... e nisso vem a ideia de fazer um doce, e não é qualquer doce, tem que ser o de amendoim, o preferido da sogra. E como é de costume em nossas famílias a união sempre tem que prevalecer, ou seja, já que almoçaram juntos, nada melhor que debulhar os grãos juntos... e num delicioso dedo de prosa recheados de assuntos que não acabavam mais, fizeram o delicioso doce. Viva nossas famílias e suas tradições!
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Dona Maria, avó... Os dias estão diferentes agora, tudo está diferente, vivemos em tempos ansiosos e de medo. Me lembro desse dia, era um domingo, você estava passando seu café que tanto gosta, mostrando que ainda pode ajudar. Após meu querido avô falecer, você veio morar com a gente. Sempre sorrindo, contando as coisas que aconteceram lá em Joaquim Távora, que sempre achei que fosse "Joaquintava", pois é assim que você falava, e aprendeu assim. Tudo bem! Comentei nesse dia que estava ruim, não poder sair, por causa de tudo que estava acontecendo. Houve um pequeno silêncio, apenas o barulho das gotas de café caindo no fundo do bule cortavam o vácuo da cozinha. Você tomou um gole quente da xicara, olhou para mim e disse olhando no fundo dos meus olhos... que não importava, porque você já não saia mesmo, seja pelas dores no corpo por causa da idade, o medo de ficar doente, ou seja pelo cansaço mental devido a vida dura que teve. Enquanto o vapor d'água subia até o telhado, e condensava formando pequenas gotículas de água quando encostava no telha fria, o sol timidamente entrava pela claraboia e começava a iluminar o cômodo. O som das gotas então cortaram meu coração. Corri buscar minha câmera para congelar esse momento, eu tinha que fazer, eu precisava. Alguns momentos são únicos em nossas vidas. Nossos primeiros passos, um primeiro amor, um primeiro beijo, o dia do casamento, o nascimento do primeiro filho. Um dia somos esses filhos, viramos pais e depois avós. e notamos que esses momentos acabam aos poucos. Eles apenas somem, como a fumaça no telhado. Mas... mesmo o vapor, ao tocar tão alto o telhado, se forma água novamente. Assim como o calor da luz que começava a entrar pela claraboia, eu te prometo minha vó, que seus momentos não vão acabar, e sempre serão iluminados, pois meus momentos, também serão os seus, pois graças a você estou aqui. Apenas existimos, porque você existiu, e quanto a isso, sou a pessoa mais grata do mundo. Quando tudo isso passar, e eu sei que vai, viveremos cada momento como se fosse uma xícara quente de café, em uma manhã fria de domingo.
Com Amor, seu Neto, Danilo.
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Nessa fotografia eu quis contar um pouco sobre Dirce, minha tia avó materna. Na imagem vocês podem ver fotos 3por4 dela com anos de diferença e algumas parecidas, vemos como o cabelo e sua aparência mudaram, no fundo, muitas anotações, mas muitas mesmo, na foto só tem algumas.
No começo de 2020, há um ano atrás exatamente, foi quando ela faleceu, já era muito idosa e sempre morou sozinha, não teve filhos ou companhia. Foi adoecendo com o tempo, se sentia sempre depressiva... "Cris, você que vai tomar conta das minhas coisas quando eu for..." era o que ela dizia pra minha mãe quando conversavam no telefone um tempo antes dela piorar. Ela lá em São Paulo e minha mãe em Ribeirão Preto, a pandemia já tinha chegado no Brasil e tudo estava fechando. Um dia de noite minha mãe me ligou e disse que estava indo pra capital socorrer a Dirce que estava muito ruim e precisava que alguém a acompanhasse ao hospital e ela foi, mas depois de uns dias ela faleceu. Sem funeral, sem despedida.
Depois de um tempo, fomos eu e minha mãe ao seu apartamento para esvaziar uma vida inteira, pelo menos era isso que eu sentia. Foram dias olhando coisas que não tinham mais significado e mesmo assim tentei retratar o que foi a vida dela. Eu não tive uma conexão grande com minha tia e foi nesse momento, de guardar o que era importante, de jogar muita coisa fora, que mais conheci sobre a vida dela. Eu vi os livros que lia, as revistas e jornais dos anos 80 que guardava, encontramos cartas de amigos e amigas, fotos de amores rasgadas com os dizeres "monstro", álbum da formatura em Direito, roupas novas com etiqueta e outras muito velhas quase desmanchando, e muitas coisas que perderam uso há muito tempo, mas ela guardava. Parece que qualquer coisa que entrava naquele apartamento permanecia ali, nenhum pedaço de papel era desperdiçado, como você pode ver na imagem, foram papéis e papéis encontrados, na gaveta da estante da sala, no armário da cozinha, na mesa de cabeceira, em dois outros pequenos armários que ela comprou só para colocar esses papéis. Eram anotações atrás de anotações de coisas que ela assistia e pegava de informações para fazer depois.
Talvez essa imagem não seja a família que todos nós vemos e nos inspiramos, mas sim, é uma fotografia de família. É diferente, não há felicidade, sorrisos, pessoas retratadas como imaginamos e mesmo assim, há muita história por trás de uma única foto. São muitos anos que passaram e que reconhecemos em fotos pequenas de documento. Por outro lado, há as anotações diárias que mostram outros aspectos da vida da minha tia, eu não posso fotografá-la agora e eu nunca fiz isso, e depois de falecida, fotografo seus traços, seus resquícios, é um retrato póstumo.
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Fotografei a Karol e a pequena Clarice em casa antes dela passar um tempo com o pai biológico em uma cidade distante. Quando mostrei pra ela esse registro ela disse "(...) depois desse ano que ficamos tão juntas, parece que tem um buraco morando no meu peito. E eu sabia, nesse dia antecessor a viagem, que essas fotografias fariam sentir o que eu preciso, que ela mora em mim, que ela cabe em mim, que ela sempre terá espaço nos meus braços, e que ela volta. Sempre voltará a caber aqui. O vazio e o silêncio irão passar. E enquanto isso, essas fotografias alimentam o meu sentir. Me propiciam ouvir a voz, sentir o cheiro, morar no abraço".
Eu amo fotografar esses detalhes, corpo com corpo, um corpo que está crescendo e outro que cuida e carrega. Separados, mas juntinhos. Um amor que cabe no colo, mas de tamanho intangível. Um carinho que se carrega, mas seu peso não tem medidas. Transborda.
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“Vó, tem biscoito?”
A casa da minha vó tem sabor de biscoito. Não tem um filho ou um neto que chegue lá e não pergunte: “Vó, tem biscoito?”. Chega domingo cedo ela já começa: limpa a bancada, separa os ingredientes, coloca as panelas em cima do fogão... E logo começa a cheirar! Ela me contou que quem a ensinou essa receita foi a minha bisavó: “Dindinha Loló”. Já me falou todos os ingredientes, o modo de fazer – mas a mágica que faz tudo aquilo se transformar em afeto não dá para anotar. E após tudo pronto, ela toma banho e se senta no sofá para fazer crochê. E espera... Será que a campainha vai tocar? Será que vem alguém hoje?
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Era o final de mais um casamento realizado com sucesso e lá estava eu, guardando os meus equipamentos ao lado desse simpático senhor. Enquanto eu arrumava minhas coisas na mochila, ele me observava inquieto, como se quisesse falar algo. Foi quando esse mesmo senhor chegou mais perto de mim e com toda a sua educação e simpatia, me perguntou:
- Oi seu moço, tudo bem? Desculpe incomodar, mas será que você poderia me fazer um favor?
- Claro senhor, pode dizer. Em que posso ajudar?
- É que eu admiro muito esse seu trabalho e faz muito tempo que eu não tenho uma boa foto minha. Será que fica complicado você "tirar um retrato" meu?
Já emocionado, imediatamente montei meu equipamento e disse a ele que iria fazer um belo retrato dele.
Ele, humilde e demonstrando um pouco da sua timidez, sorriu e disse:
- Então capricha moço!
E assim, já com lágrimas no meu rosto, mostrei a foto a ele que também se emocionou ao se ver na tela da câmera e disse:
- Nossa "fio", como o tempo judia da gente né? Mas olha, não é que fiquei bonito nesse retrato. Muito obrigado e que Deus continue abençoando a sua vida!
Eu agradeci e naquele momento percebi que esse "retrato" foi uma das melhores imagens que fiz naquele dia, daquele casamento.
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Essa foto representa muito pra mim. É a imagem das mãos da minha saudosa avó. Vó Aparecida, que me criou como um filho e manteve suas forças até os seus 95 anos de idade. Suas mãos marcadas por uma vida dura na roça, trabalhando para sustentar sua família. As linhas que o tempo jamais apagam. Estava ela lá, em mais um dia de banho de sol, mexendo num pedaço de folhagem, ficava olhando e girando entre as mãos. E eu, no auge da vida, naquela correria louca diária de trabalho, preocupado com o futuro, sentei ao lado dela para buscar e ter um pouco dessa paz, dessa serenidade e sabedoria que somente ela conseguia me transmitir. Ali, respirei bem fundo e pedi sua benção...
Renovado, sai mais feliz para esse mundão caótico e insano. Uma pena que já não tenho mais essa "fonte de energia" aqui comigo. Sinto saudades minha vó querida.
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Confie Sempre
Não percas a tua fé entre as sombras do mundo. Ainda que os teus pés estejam sangrando, segue para a frente, erguendo-a por luz celeste, acima de ti mesmo. Crê e trabalha. Esforça-te no bem e espera com paciência. Tudo passa e tudo se renova na terra, mas o que vem do céu permanecerá. De todos os infelizes os mais desditosos são os que perderam a confiança em Deus e em si mesmo, porque o maior infortúnio é sofrer a privação da fé e prosseguir vivendo. Eleva, pois, o teu olhar e caminha. Luta e serve. Aprende e adianta-te. Brilha a alvorada além da noite. Hoje, é possível que a tempestade te amarfanhe o coração e te atormente o ideal, aguilhoando-te com a aflição ou ameaçando-te com a morte. Não te esqueças, porém, de que amanhã será outro dia.
Autor: Chico Xavier
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A velha de preto
A velha e o xaile
A velha e a renda
A velha e a sopa
A velha e o gato
A velha e o penico
A velha e o silêncio
A velha e o caruncho
A velha e o chá
A velha e os óculos
A velha e o carrapito
A velha e os retratos
A velha e o reumatismo
A velha e o pó
A velha e as rugas
A velha e a velharia.
A velha à janela
Sorrindo à espera
Que o neto lhe leve
Leve, a primavera.
Luísa Ducla Soares, do livro A Cavalo no Tempo
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Essa imagem fala do que foi esse período de pandemia, do que estamos passando e como estamos nos saindo nisso tudo. Esse foi um período de guerra. Guerra por nossa perseverança, por nossa esperança e por nossos sonhos. Muitas pessoas não estão cientes, mas nós, fotógrafos como também todos profissionais que atuantes no ramo de casamentos e eventos foram profundamente impactados com as restrições causadas pela pandemia. Foi necessário muito jogo de cintura, muita garra e muita ação para conseguirmos sobreviver profissionalmente com as condições que nos foram impostas. E nós lutamos, nós batalhamos, nós colocamos nossa cuca para trabalhar e fritar por ideias novas. Essa luta não acabou, mas nós já nos consideramos vitoriosos nessa guerra, pois nós estamos de pé!
O casal da foto são Brunno e Marcela, que também são fotógrafos de casamentos e estão passando por essas dificuldades, porém considero a vitória deles ainda maior. Não só estão de pé profissionalmente, como também estão lutando para realizar o sonho do casamento e estão conseguindo, de mãos dadas rumo a isso, deixando as dificuldades para trás.
Assim como eles, muitos outros casais estão lutando para não abrir mão dos seus sonhos e continuam a vencer os obstáculos, mesmo quando tudo os força a desistir, não desistiram, e digo: não desistam! Vocês são vitoriosos!
Vitória na Guerra!!
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Se eu pudesse usar uma fotografia para definir saudade seria essa. Meu marido, pai da Clarice (essa fofinha da foto) nos deixou há um ano por conta de um câncer metastático diagnosticado em 2017. Essa foto do papai foi impressa e colocada na parede da nossa sala e toda vez que a Clarice sentia falta dele, ela subia no sofá e beijava a fotografia....foi num desses momentos que peguei a câmera e registrei a saudade.
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Carta aberta ao Arthur.
07.05.20 “É meu filho, o mundo mudou. Nao foi só a nossa vida. Foi o mundo. Talvez quando você crescer e lembrar desses dias mascarados e distanciados que estamos vivendo você lembre desse dia que foi tão especial.
Deus sabe o que faz e da pra gente o filho que a gente precisa. Aliás dá não, ele de certeza deixa vocês nos escolher. Lembra do dia que você, numas dessas nossas conversas na hora de dormir, disse que lá no céu na hora de descer estavamos na fila juntos e você falou que viria depois e eu primeiro e que eu seria sua mamãe. Que sorte a minha termos nos encontrado.
Eu sei que a festa hoje não foi a que você passou o ano inteiro planejando. Mas eu sei que foi INCRÍVEL e que agora você dorme FELIZ.
Você me surpreende todos os dias, com a tua capacidade e paciência de nos ensinar coisas que você bem imagina um dia ter ensinado. Lembre-se sempre desse menino doce que você é quando crescer. Lembre-se de sempre cuidar dele. Ele é o menino que pede de presente uma tarde na casa da vovó para fazer fogueira e pular nas árvores e que pergunta se "pelo link da pra abraçar mãe?". Eu te amo TANTO.
É possivel que você nunca leia essa carta. Mas eu sei que você sabe que eu me orgulho muito do indivíduo que você está se tornando!!! Feliz 8 anos meu amor, que você seja muito muito muito feliz a sua vida todinha e o meu desejo hoje é que possamos construir esses 9 anos com muito mais amor, muito mais sabedoria, paciência, agradecendo todos os dias que nos encontramos nesse mundo louco.
Te amo.”
Texto da mamãe Manu Medeiros
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Sebastian foi muito esperado, desejado. Uma gestação de muito amor. Nasceu prematuro, de 35 semanas, dia 28/11/2019. Ficou 14 dias na UTI. Documentamos: a gestação, o chá de bebê, o nascimento, a saída da UTI e da maternidade, a chegada em casa. Após abrir a porta de casa, eles se abraçaram fortemente. Confesso a vocês, neste instante, me emocionei muito, chorei (sim) e me senti tão privilegiado em ter fotografado aquele momento deles. Presenciar, ver, viver e entregar essa memória para a família me fez muito bem. Essa e tantas histórias realmente são fontes de calor no coração para seguir acreditando nos propósitos deste ofício escolhido.