Este é sem dúvida meu concurso favorito. É delicioso ler as histórias, ser tocado por elas.
Este é um concurso onde os números dos relatórios não dizem muita coisa. Seria preciso ler cada palavra junto comigo, para que vocês entendessem as notas e as escolhas.
Vejo esse concurso como uma oportunidade dos fotógrafos desenvolverem melhor uma outra forma de arte: a escrita. É possível, tal como na fotografia, tocar, emocionar, guardar momentos, contar histórias, através do texto. Juntar a fotografia e a escrita é uma combinação poderosa.
Recebemos um total de 250 imagens, dentre estas, apenas 25 imagens foram premiadas. Parabéns a todos os ganhadores! Vocês foram capazes de tocar o nosso coração com esta dança entre texto + fotografia.
Agradeço de coração a todos os participantes. O membro que desejar poderá solicitar o relatório de votos pelo email fineartassociation@gmail.com.
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Eu já fotografei os mais importantes ritos de passagem que marcam a vida de uma pessoa. Nascimento, 15 anos, casamento. Adoro capturar os momentos de alegria, amizade e espontaneidade em que toda a família está reunida, brindada pela presença de amigos queridos.
Há, no entanto, um rito que até recentemente eu nunca tinha fotografado. A última celebração de transição para todos nós, um enterro. Minha avó faleceu recentemente e, durante o seu sepultamento, eu tive um desejo impetuoso de registrar a sua despedida. Em tempos de pandemia, éramos apenas quatro pessoas naquela cerimônia. Parecia tão pouco para homenagear alguém que foi tão importante na minha vida e estava tão presente em minha memória.
Me dei conta de que enterros são momentos tão importantes quanto os casamentos e festas que eu tenho tanta experiência em fotografar. Eles têm a mesma função: reunir familiares e amigos para celebrar alguém importante, só que, dessa vez, reverenciamos a partida.
Os sorrisos dão lugar às lágrimas, a felicidade abre passagem para a dor, mas a emoção continua ali como nas outras festividades. Diante da partida, abre-se espaço para o perdão, relações são resgatadas, familiares se reconectam e acontece a redenção. Há muita beleza e força na tristeza.
Se olharmos com o coração, também é possível encontrar felicidade nos enterros. Abraços de conforto, reencontros de antigos amigos, lembranças dos momentos que passamos com aquela pessoa querida. Em outras culturas, familiares contam uma passagem marcante ou divertida que viveram com o falecido e todos riem juntos. Histórias que eternizam a pessoa para as futuras gerações.
Eu aprendi, em processos de autoconhecimento, que nós somos a continuidade dos que nos precederam e que a nossa força advém da conexão com as nossas origens.
Desta forma me despeço da minha avó com a única certeza que tenho. Sou fotógrafo e é assim que eu me comunico: através de imagens.
Minha gratidão e meu amor estarão sempre com você, querida vó.
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Enfim, o homem chegou em Marte! Ao aterrisar em solo marciano, o homem armado, com sua roupa especial e equipamentos de segurança, percebe um terreno inóspito, insalubre e sem a menor condição de desfrutar um naco de ar puro. Ali o homem se depara com um ser que está sem nenhum equipamento de proteção e que corajosamente fuma um cigarro colaborando com a poluição existente.
Homem sábio, se sente envaidecido de estar explorando local e criatura pela primeira vez. Se acha superior e ousa ensinar como ser melhor.
Isso poderia ser um roteiro de filme de ficção, entretanto não passa de hipocrisia e triste realidade. Moradores da Favela Santa Marta fazem a própria sanitização do morro tentando higienizar a comunidade e previnir a contaminação pelo Covid-19. Lá, muitos convivem com a falta d'água, sem poder cozinhar, matar a sede ou higienizar as mãos. Que ironia as precauções contra a pandemia! Aqui ou morre de fome ou de Covid. Não tem pra onde correr! A Favela não combina com cartão postal. Favela não mostra as belezas do Rio de Janeiro, mas mostra a cara das pessoas que o Estado busca esconder. É tudo pra inglês ver, mas eu faço questão de mostrar.
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Conhecido como Couro Seco. Era esse o seu nome e assim ele atendia por onde passava. Encontrei com Couro Seco num domingo, às 8 da manhã, andando ainda sonolento com uma caneca na mão. Ao dar bom dia perguntei o que havia na caneca. Café? Prontamente ele respondeu: vinho, aceita? Eu disse que era muito cedo para tomar vinho, mas retrucou que um vizinho havia oferecido e ele aceitou.
Normalmente ele não beberia a uma hora dessas. Mas, se você conhece Couro Seco, sabe que ele não negaria uma caneca de vinho hora nenhuma do dia. Figura folclórica da Favela Santa Marta, Couro Seco faleceu há alguns anos atrás. Tive o prazer de fotografá-lo, assim como a muitos outros personagens daquele lugar. Gente simples e enrugada, sempre sorrindo para as dores da vida e brincando com a própria desgraça.
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"Bastava um colo, um carinho
E o remédio era beijo e proteção
Tudo voltava a ser novo no outro dia
Sem muita preocupação"
Kell Smith - Era uma vez
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Apesar da imagem mostrar a mão da noiva, o detalhe mais importante desta foto é o bordado e a lembrança de quem o fez. A noiva me confidenciou que durante longos meses, seu vestido estava sendo todo bordado em pérolas por sua mãe. Foram estes relatos que me fizeram registrar detalhes deste vestido. Ao ver a foto, esta noiva me disse que para ela esta era uma das imagens mais importantes de todo o seu casamento, pois nela está demonstrado todo o amor de sua mãe por ela.
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Esta imagem retrata o forte momento do encontro de um avô acamado com seu neto e sua recém esposa, ainda com trajes de noivos. Os avós não puderam comparecer ao casamento, pois o avô estava acamado há quarenta anos e é a avó quem sempre cuidou de seu companheiro durante todos estes anos. Os noivos fizeram questão de que os avós os vissem vestidos com os trajes do casamento para que se sentissem parte desse momento tão feliz da vida do jovem casal. O momento como já esperado, foi de forte emoção para todos que estavam presentes, inclusive para o fotógrafo.
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Existem momentos incríveis ao nosso redor e não os observamos atentamente. Estava num lugar bem tumultuado, quando me aproximo de um grupo de senhores a jogar dominó. Estava procurando algo diferente.
Quando tirei um pouco da atenção daquele lugar, pude perceber algo que imediatamente acontecia ao meu lado. A sandália de um senhor, acabou de arrebentar. Isso sim, para mim era um momento diferente e uma foto que ainda não havia visto.
"Antes, olha bem de perto, qualquer coisa na tua volta, se não tiveres nada que te prenda a atenção procura algo bem banal, beirando o ridículo. Sim, pode ser o bibelô que tu só não jogas fora por te lembrares daquela pessoa que o deu. Ou aquele chinelo arrebentado que tu procrastinas pra colocar fora."
Rafael Muniz Espíndola
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O segundo que antecede o beijo
Nem sempre as palavras podem explicar o amor. Tão pouco os laços.
A fotografia eternizou o momento. Alguns meses depois vovô "virou estrelinha". Mas a ligação entre os dois jamais se apagará. Está cravada no tempo, no coração e na memoria dos dois.
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Uma cesária de emergência separaram bruscamente mãe e filha.
Dias numa incubadora, com a vida sustentada por fios e tubos.
Noites longas, sem saber como seria o amanhã.
Mas ela é forte e aos poucos se liberta do maquinário que a sustentava.
O retrato do primeiro banho, registra a reação de paz e conforto do bebe com o primeiro carinho do pai.
A mãe, a fotografa narradora, mal conseguia conter as lágrimas.
Enfim o toque, a liberdade.
Enfim a minha, a minha Luiza.
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As vezes dá vontade de ser criança de novo! Não só para ter menos responsabilidades, mas para realmente ter uma visão totalmente diferente da que a sociedade nos projeta.
As crianças brincam, não se importam com tamanho, cor, jeito, deficiências, NADA! É lindo ver, como crianças que acabaram de se conhecer, já se tornam amigos de verdade! Como não há barreiras, nem pré conceitos.
Na foto, as crianças brincavam de pegador, e um adulto ajudava a cadeirante pegar as crianças. Todas alegres de uma forma única. Precisamos voltar a ser criança!
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Na separação de seus pais, o noivo sofreu muito e adquiriu muitos problemas sentimentais. Para ele, o casamento foi a realização do sonho de constituir novamente uma família. Os convidados que aparecem na imagem são parentes que lhe ajudaram a enfrentar esse momento complexo de sua vida e agora estão comemorando com ele.
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"Escondendo meus sonhos, posso usa-los quando ninguem espreitar minha mente."
Wesley Melbox
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"Você pode sobreviver, mas sobrevivência não é vida."
Osho
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Acredito que autorretrato é uma arte que tem a capacidade de transmitir a essência do artista.
Também acredito que somos uma pequena parte daqueles que vieram antes de nós e das pessoas com quem nos relacionamos de alguma forma.
Nesse autorretrato estão presentes meus familiares, minhas origens e raízes, são aqueles que me educaram e me prepararam para o mundo, eu seria muito diferente ou nada seria se eles não fizessem parte da minha vida.
Essa fotografia carrega muitos significados, citarei alguns, a casa centenária dos meus nonnos, a roda de chimarrão, a alegria e as risadas, as roupas, a videira que envolve a família, a cadeira vazia que representa os meus nonnos e parentes que já transcenderam para o plano espiritual, mas que também pode ser uma forma de convidar o observador para se juntar a nós nesse momento.
Por último gostaria de convidar para olharem com mais atenção para a troca de olhares entre as pessoas e o como essa troca nos segura dentro da fotografia e nos faz contemplar esse momento.
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Pra um tudo. Pra um todo.
Seu Zé, assim. Simples assim.
É acordar todas as manhãs. Faz suas orações.
Compra o pão. E pega sua perua e vai fazer seus carretos.
Chega a tarde, faz seu café.
Liga sua TV e assiste seus programas.
Seu cobertor sempre no mesmo lugar.
Seus remédios na mesa ao lado.
Seu chinelo sai do pé. E se encolhe nas cobertas.
E fica, por horas, no seu canto.
Até o sono o chamar e voltar para seus aposentos.
Faz suas orações. E dorme na sua cama.
E assim, pra um tudo. Pra um todo.
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Sonhar não é exclusividade de poucos. O homem trabalhador levanta todos os dias e cedo já começa o seu ofício. O tempo, dedicado à lida mais do que à família, alimenta cicatrizes nas mãos como lembrança dos longos dias de labuta. Hoje realiza seu sonho de casar-se. Como dizia minha a vó: "O que pedimos à Deus na maioria das vezes se encontra em nossas mãos''
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Na nossa família a páscoa sempre foi muito especial e naquele ano não poderia ser diferente. Ela já estava ficando velhinha, já não caminhava mais sozinha, dependia do uso de oxigênio e as internações hospitalares se tornavam cada vez mais frequentes. A páscoa chegou e lá estava ela, de novo, em uma cama de hospital. Ficamos chateados, talvez essa fosse a última páscoa da vida dela. Mas logo a tristeza deu lugar a alegria: decidimos que a nossa páscoa aconteceria, fosse quando fosse.
Susie Sueli Wiederspahn. Esse era o nome dela. Ou só vó Susie, como ela gostava de ser chamada por todas as pessoas com menos de 30 anos. O Wiederspahn não nega a sua origem. A família veio da Alemanha no início do século passado, e junto com o nome vieram as tradições.
A páscoa alemã é cheia de costumes e um dos mais fortes é a pintura dos ovos. Sempre no dia que antecede a páscoa, cozinhamos os ovos que serão comidos no café da manhã de páscoa. Esses ovos são pintados coloridos, lustrados e só então vão para a mesa posta do café. A vó Susie garantiu que conhecêssemos a tradição desde pequenos.
A páscoa já havia passado há duas semanas, mas não importa pois aquela era a nossa páscoa. E lá estávamos nós, os netos já não mais criança, junto com a vó Susie, em volta da mesa da cozinha, forrada com jornal, fazendo por mais um ano a tradicional pintura de ovos. Geralmente quando estou em família eu acabo me esquecendo de fotografar, mas naquele dia foi diferente. Corri, peguei minha câmera e cliquei.
Hoje a vó Susie não está mais aqui, aquela foi mesmo sua última páscoa, mas toda véspera de páscoa sentamos em volta daquela mesma mesa para pintar os ovos e lembramos dela com muito carinho.
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Quanto amor cabe num coração de vó?
Ah, só quem teve uma sabe.
Vó é amor purinho, é inocência de uma criança com uma sabedoria de um gênio.
A Helis tem uma avó e tanto. Dessas que dá vontade de guardar num potinho pra nunca perder.
Ela foi criada pela mãe e pela avó. Cercada de amor, de cuidados.
No dia do seu casamento a avó não podia faltar no making of. A Helis estava muito nervosa, com crise de ansiedade, e sua vozinha ficou assim, o tempo todo segurando sua mão, falando coisas boas e rezando por ela. Foi realmente incrível ver esse amor, a emoção tomou conta de quem estava lá.
Infelizmente pouco tempo antes do casamento a sua avó foi diagnosticada com Alzheimer, o que fez a Helis curtir ainda mais cada momento ao lado dela, fazendo questão dela participar do casamento em tudo que pudesse.
Sabemos que devido a doença a confusão mental virá, a perda da memória, os medos, as lembranças ficarão vagas, mas o amor, esse imenso amor, nunca faltará.
Através das fotos desse dia incrível ela poderá lembrar, mesmo que vagamente e com limitações, do quanto ela é amada pela sua neta, do quanto foi lindo participar do casamento dela, e isso o tempo ou doença nenhuma vai apagar.
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Dona Mercedes
As marcas e sinais de uma vida que não foi tão fácil quanto gostaria, mas ao mesmo tempo feliz em ter vivido tudo com tanta intensidade e superado tantas provações...
Ah, Dona Mercedes nos ensinou e ensina tantas coisas. Uma jovem senhora de 80 anos de idade, com um coração tão puro e doce, uma jovialidade que até assusta, e uma garra e disposição sem igual!
Ela enfrentou tantos desafios durante a vida. Criou sua filha praticamente sozinha, batalhou, trabalhou demais desde muito cedo. Passou por dificuldades, por medos e quebrou tantos padrões de sua época, de que uma mulher sozinha não conseguiria criar uma filha. Teve uma vida simples, mas ensinou tanto, que dinheiro algum compra a sabedoria dela.
Cada marca e ruga da Dona Mercedes é uma linha de uma história de superação, de garra e enfrentamento. Ela nunca deixou de sorrir e ver o lado bom de tudo. Dona de um sorriso e abraço acolhedor, ela é uma pessoa querida por todos e espalha amor por onde passa! Mercedes nos ensina a lição de que a vida é muito boa para se preocupar demais com os problemas. Que tudo tem uma solução e não vale a pena desistir no meio do caminho. Que é muito melhor levar uma vida de paz, correr atrás das coisas que acredita, mesmo quando todos a sua volta dizem que você não é capaz. Nada se leva desse mundo, e a melhor herança que se pode deixar é seu legado, sua lição de vida... E isso ela faz com excelência!
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Pode apenas parecer uma foto fofinha, numa parede bonitinha, mas não é!
Essa parede tem mais histórias a contar do que imaginam.
O Jorge era seminarista, por anos havia decidido que ser padre era a sua vocação. A parede é do Seminário em que ele estudou e morou por 6 anos, exatamente em frente a seu quarto, na cidade de Terra Boa – PR.
A Larissa sempre foi uma menina engajada com a Igreja, participava de retiros e dava aulas de catequese. Ela morava na cidade de Santa Isabel do Ivaí – PR, e devido ao emprego do seu pai, toda família precisou mudar de cidade e foram para Terra Boa.
Lá fizeram amizade com o pessoal da Igreja, e como o Seminário era muito conhecido, começaram a fazer algumas ações por lá, como trabalho voluntário, participar das missas, retiros e tudo mais.
Em um desses retiros o Jorge esbarrou na Larissa. Eles começaram conversar, falavam sobre tudo, e com o tempo nasceu uma linda amizade. Porém, a Larissa começou nutrir um sentimento maior que apenas amizade, e todos sabiam, seus pais, amigos, o Padre. Menos o Jorge.
Chegou um determinado momento em que o Jorge se questionou se realmente era a vocação dele, e o Padre Reitor do Seminário, depois de uma longa conversa o aconselhou a dar um tempo para refletir sobre. Depois dessa conversa, o Padre entrou em contato com a família da Larissa e contou tudo o que havia conversado com o Jorge. SIM, o Padre foi o cupido!
Imediatamente, a Larissa chamou o Jorge para conversar, e contou sobre seus sentimentos. Essa conversa foi exatamente ali, sentados no chão dessa parede. Foi ali que ela se declarou pra ele!
De início ele precisou pensar, foi embora para sua casa na cidade de Barueri – SP, deixando a Larissa na agonia rsrs.
Não demorou nada, para ele finalmente descobrir que gostava dela também. Então ele passou pela cidade da Larissa e pediu ela em namoro.
Os dois namoraram cinco anos a distância, quando o Jorge finalmente fez o pedido de casamento. Eles noivaram e marcaram a data do grande dia!
Quando nos contrataram, eles tinham uma coisa em mente que era uma exigência: o ensaio pré casamento tinha que ser no local que tudo começou, no Seminário, e precisa ter ao menos uma foto nessa parede.
Foi realmente muito curioso e lindo, uma história de amor dessas de novela com final feliz! Amamos esses encontros de alma que a vida faz.
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Mercedes, no auge dos seus 15 anos amava dançar, e dançava muito bem por sinal, uma verdadeira “pé de valsa”.
Nos bailes dessa época ela conheceu o Tercílio, um jovem muito charmoso que tocava sanfona, e se encantou por ele, e ele por ela.
Nas idas e vindas, o destino fez com que a Mercedes mudasse de cidade, e assim deixou de ir aos bailes que tanto amava. Mas ela não esqueceu do Tercílio.
Os anos passaram e eles nunca mais se viram.
Mercedes se casou, teve uma única filha, que criou com muito amor e dedicação. Levou uma vida muito simples e humilde no sítio, e após ficar viúva voltou para a cidade que morava há anos atrás.
Sua filha Rosângela cresceu, se tornou uma grande mulher. Quando a Mercedes completou 80 anos, Rosângela resolveu presenteá-la com uma festa, regada a muita música, dança, com um formato de festa de debutante, que a mãe nunca pôde ter.
Foi aí que a filha teve a grande ideia de ver se o Tercílio ainda morava na cidade, se estava vivo, e para a sua surpresa morava no mesmo lugar e ainda tocava sanfona. Sem pensar duas vezes ela contou toda situação e ele topou na mesma hora fazer essa surpresa para a Mercedes na festa de aniversário.
Sem imaginar que ele estaria, quando Mercedes viu Tercílio, ela quase não acreditou! Foi uma das cenas mais lindas que a fotografia já me proporcionou.
Depois de 65 anos sem ao menos saber se estavam vivos, eles estavam ali, frente a frente, com todas as marcas do tempo e as limitações, mas cheios de memórias e recordações.
Eles se reconheceram, passaram horas do aniversário conversando, ele tocou sanfona pra ela, dançaram e cantaram, comemoraram muito, foi simplesmente lindo.
Uma história incrível, com tanto sentimento, significado. Tenho certeza que esse momento vai ficar pra sempre nos corações da Dona Mercedes e do Sr. Tercílio, e é claro, de todos que estavam presentes e puderam sentir a emoção e alegria desse improvável reencontro.
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Em alguns momentos, o ensaio da Isa me fez sair totalmente da minha zona de conforto. Usar luz artificial, trabalhar com uma foto mais montada e até mesmo com um tom mais editorial não é o meu lugar comum. Ah, mas como é bom poder se desafiar!! Isso também tem um pouco a ver com se completar 15 anos. Um dos meus poetas favoritos descreveu muito bem esse sentimento:"A vida é tão bela que chega a dar medo! Não o medo que paralisa e gela, estátua súbita, mas esse medo fascinante e fremente de curiosidade que faz o jovem felino seguir para a frente farejando o vento ao sair, à primeira vez, da gruta. Medo que ofusca: luz! Cumplicemente, as folhas contam-te um segredo velho como o mundo: Adolescente, olha! A vida é nova... A vida é nova e anda nua - vestida apenas com o teu desejo!". Viva, Mario Quintana! Viva, Isa. Viva la vida!
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Fui fotografar um parto de gêmeos, que por si só já é algo extraordinário, mas foi exatamente no mesmo lugar onde sete anos atrás fotografei o parto de minha filha! A emoção foi demais, recordava aquele dia memorável pra mim e ao mesmo tempo estava fotografando um pai que não piscava acompanhando cada segundo daquele parto duplo! Foi realmente uma sensação única, uma mistura de ansiedade, nostalgia e alegria! Há momentos na vida da gente que são realmente pérolas, e fico feliz que podemos registrar tudo isso, pois os anos passam, as lembranças vão esvaecendo, mas quando pegamos a foto nas mãos todo aquele sentimento renasce novamente.
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Senhor Sebastião e Dona Anita, um casal que tivemos o prazer de fotografar as bodas de diamante, eles a todo momento muito carinhosos um com o outro, e sorridentes, cheios de cumplicidade e amor! O relacionamento dos dois é um exemplo para qualquer pessoa que almeja um amor verdadeiro e duradouro.
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Leal, protetor, fiel. Assim são descritos os lobos cinzentos, que escolhem uma parceira por toda sua vida e se dedicam única e exclusivamente a ela, até a sua partida. A partida alias, consiste em algo doloroso, envolve luto, perda, reclusão. Contudo, a lembrança daqueles que partiram nos traz alegria por podermos ter vivido experiências com eles, de poder ao fechar os olhos sentir seu cheiro, a textura da sua pele, visualizar o brilho do olhar e o sorriso estampado no rosto. Para estar junto, sentir, não precisa estar presente literalmente, pois o invisível também se faz.